O bom combate
- Rev. Wellington Ramalho
- 30 de jun.
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de jul.
2Timóteo 4.1-18
Certo personagem cinematográfico, interpretado por Sylvester Stallone, disse: “Você, eu, ninguém bate tão forte quanto a vida. Mas não se trata de bater forte, se trata de quanto você consegue apanhar e continuar seguindo em frente. É assim que se vence!" (Rocky Balboa). As palavras motivacionais são dirigidas a seu filho, Rock Jr., que é reticente e vacilante, mas não passam disso, palavras motivacionais, ditas por uma personagem fictícia.
Na vida real e de maneira muito mais acentuada, concreta, digna e verdadeira, encontramos as últimas palavras de um grande guerreiro, um verdadeiro lutador da fé. Esse guerreiro não lutou em um ringue por dinheiro, mas enfrentou o mundo inteiro por amor a seu Senhor e as almas perdidas. Enfrentou feras, homens, naufrágios, prisões, apedrejamentos e muitas, muitas perseguições (muitas vezes da própria igreja). Aqui ele diz: “Não tenha medo de sofrer” (4.5), mas lute esse combate também. “Eu já estou partindo, mas estou bem, estou satisfeito com tudo que o Senhor me possibilitou fazer (4.6-7). Ah, Timóteo, lute você também. Ele nunca irá te abandonar!”.
São palavras poderosas de encorajamento e força que só poderiam vir de alguém com muita experiência e vida com Deus. Aqui Paulo deveria já estar contando com seus quase (ou talvez já) setenta anos de idade. Suas palavras de amor e sobriedade revelam sua grande maturidade, pois ele é Paulo, o velho (Fm 1.9). Toda a sua vivência, amor, piedade e perdão devem ser respeitadas e seguidas, de maneira nenhuma podem ser desprezadas. Elas não podem ficar “encostadas” em um canto qualquer.
Dessa mesma forma, muitos, que hoje seguem “encostados” em um canto qualquer, dedicaram suas vidas a seu Senhor e lutaram, lutaram muito pela pregação do evangelho. São homens que, por seu amor a Jesus e a sua igreja, dedicaram sua juventude, saúde e tranquilidade a essa grandiosa obra. Caminhavam longos percursos a pé, desbravando matas e enfrentando intempéries. Se privaram do convívio da família, muitas vezes não vendo os filhos crescerem. Esses homens hoje devem ser ouvidos e respeitados pelos mais jovens. São eles que nos mostram que “vale a pena”. São eles que nos dizem: “Não tenha medo de sofrer, mas lute esse combate também”. Meus irmãos, meus pais, que o Senhor Jesus os abençoe. Que nós, jovens, possamos seguir os seus passos. Que possamos também combater o bom combate. “Combater o bom combate é permanecer fiel à Palavra até o fim. Não porque sejamos fortes, mas porque aquele que começou boa obra em nós há de completá-la até o Dia de Cristo (Fp 1.6), amém.
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